Para os que são contra o amor

sábado, 14 de janeiro de 2012

Amor nunca é demais. Se eu fosse capaz, faria com que meu cérebro se apegasse, e até mesmo amasse, cada um que passasse pela minha vida. O político corrupto, o ladrão, o mendigo da esquina. É uma pena eu não ser capaz, não por falta de vontade, mas infelizmente, por excesso de orgulho. Porque quando se ama, de verdade, se faz tudo para o bem da pessoa. E imagina que magnífico seria se todos prezassem pelo bem do outro, incluindo até mesmo os menos afortunados? Um mundo que compartilha a tristeza e a dificuldade que todos passam ou já passaram, mas que compartilharia também a felicidade e o sucesso. Um mundo que se preocupa menos com o próprio umbigo e mais com o grupo: O grupo chamado seres-humanos, ou sendo ainda mais radical e abrangente, um grupo chamado seres-vivos. 

Acho extremamente gratificante quando me encontro comprando algo, andando em algum lugar, ou qualquer coisa do tipo, e alguém faz um comentário, repentinamente, baseado no que estou fazendo. Por exemplo: Outro dia eu conversava com a minha mãe, e meu namorado sobre não cobiçar a mulher do próximo, e do nada, o cara que estava ao nosso lado comentou "Pecado é deixar a mulher sozinha" com um tom de humor muito bom. Foi algo que praticamente mudou meu dia: Saber que ainda há pessoas que não tem medo de falar com quem não conhecem. Afinal, ser humano não é isso? Interagir? Pessoas calorosas, que te são apresentadas num dia e no segundo seguinte parecem que te conhecem à anos, não é sensacional? É uma forma de amor. Acabaram de te conhecer, e por mais que não saibam sua biografia, não te julgam e não desconfiam, apenas abrem as portas para uma oportunidade de um relacionamento bom.

Quem diz que o amor foi vulgarizado, pensando dessa forma, é ignorante. Porque além de não ser capaz de amar a todos, ou pelo menos tentar, ainda quer restringir o amor alheio. Quer tomar conta de algo que não seja seu umbigo, mas quer tomar conta para deteriorar ainda mais o que já está bastante deteriorado. Não digo para amar como se ama os pais, incondicionalmente, ou como se ama o namorado, com tanto carinho. Mas como se ama um amigo. Desejar e querer o bem deste, e acima disso, ajudá-lo a alcançar o sucesso e a alegria e fazer o máximo para suportar as dificuldades pelas quais ele passará. Não precisa ser incondicional para ser amor. Amor é querer bem, é preocupar-se. Quem vulgarizou o amor é quem mais diz que este está vulgarizado:
Os que acreditam que amor é algo egoísta.

Perdição

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Exite um sentimento muito divergente de qualque outro. Por mais que pareça tristeza, ou desespero. Ás vezes pode se parecer com felicidade e animação também. Pode até ser confundido com bipolaridade. Eu costumo chamar ele de sentimento de perca. Mas não no sentido de perder algo, ou alguém. No sentido de se perder. E também não é aquele se perder clichê, de não saber o que fazer de faculdade, ou não saber quem são seus amigos e quem você ama. O sentimento de se perder ao qual eu me refiro é quando você sabe de absolutamente tudo e de absolutamente nada ao mesmo tempo. Eu sei o que quero ser, sei quem são meus amigos - ou pelo menos acho que sei - e sei quem eu amo e quem eu deixo de amar, mas... Estou perdida. Perdida na vida, perdida no fluxo no qual eu me joguei.

É difícil aceitar isso, aceitar que eu tive a proeza de me perder na minha própia vida. Como isso pode acontecer? Venho me perguntando isso a algum tempo, estou num estado de negação também. Nego meus problemas e digo a mim mesma que sou plenamente feliz. Nego meus pensamentos e digo a todos que minha consciencia anda bem. Não sou. Não esta.

Estou um tanto quanto fatigada de viver. Não no sentido de que quero me matar, ou parar de viver. No sentido de estar fatigada dessa vida. Existem tantos tipos de vida que eu queria e poderia ter, mas, não consigo achar um caminho para atingí-las. Deve ser isso que me faz sentir perdida. Religião, profissão, família, amigos... Tudo parece tão longe de poder me levar a um caminho certo. Parece que só eu mesma posso me levar até lá, mas, ninguém me ensinou como fazer.

Peço-lhe ajuda como nunca pedi a ninguém. Tenho até vergonha - não sei se essa é a melhor palavra pra descrever, mas sei que entenderá - de pedir sua ajuda às vezes, mas de que outro jeito posso me encontrar sem ser este?

 
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